Papel de seda, conteúdo de outono.
A menina passou os dias com a folha embrulhada. Não conseguia abrir.
Imaginava o seco, as rugas, o formato. Tirar a seda e desembrulhar o outono diminuiria o enfeite da estação.
Tão bonito supor a folha. Adivinhar seu significado.
Ela parecia antiga, retorcida. Marrom, com certeza.
Acomodada no azul escuro, via-se claro o muro. O que separa a delicadeza do papel e o áspero do conteúdo, é a mão imóvel, sem rumo.
A folha tinha ido do chão à seda. Do nada pr'algum lugar. Desabrigar a folha não seria despejo? E abrir uma fresta, invasão?
Resolveu deixar ela ali, quieta. Vai ver é até flor. Ainda tem cheiro, cor.
E de dúvida tomada, a casa dela passou a ser... O interior.
A menina passou os dias com a folha embrulhada. Não conseguia abrir.
Imaginava o seco, as rugas, o formato. Tirar a seda e desembrulhar o outono diminuiria o enfeite da estação.
Tão bonito supor a folha. Adivinhar seu significado.
Ela parecia antiga, retorcida. Marrom, com certeza.
Acomodada no azul escuro, via-se claro o muro. O que separa a delicadeza do papel e o áspero do conteúdo, é a mão imóvel, sem rumo.
A folha tinha ido do chão à seda. Do nada pr'algum lugar. Desabrigar a folha não seria despejo? E abrir uma fresta, invasão?
Resolveu deixar ela ali, quieta. Vai ver é até flor. Ainda tem cheiro, cor.
E de dúvida tomada, a casa dela passou a ser... O interior.